domingo, 31 de julho de 2011

De janeiro a janeiro - Roberta Campos.

Não consigo olhar no fundo dos seus olhos e enxergar as coisas que me deixam no ar, deixam no ar. As várias fases, estações que me levam com o vento, e o pensamento bem devagar...
Outra vez, eu tive que fugir, eu tive que correr, pra não me entregar. As loucuras que me levam até você me fazem esquecer, que eu não posso chorar.
Olhe bem no fundo dos meus olhos e sinta a emoção que nascerá quando você me olhar. O universo conspira a nosso favor, a conseqüência do destino é o amor, pra sempre vou te amar.
Mas talvez, você não entenda essa coisa de fazer o mundo acreditar, que meu amor, não será passageiro, te amarei de Janeiro á janeiro, até o mundo acabar.




sábado, 30 de julho de 2011

Me desespero por inteira e chego a conclusão de que nada mais me inspira. Crianças correndo não me comovem e amores lutando para enfrentar barreiras não me convencem. São clichês, são só mais alguns amores entre tantos amores. Não procuro mais o que é certo e nem desdenho tanto do que julguei nunca fazer. A principio eu desconfio de todas as coisas certas que passaram pelo meu caminho. Ou foram embora ou se tornaram erradas demais, como num passe de magia. Colocando a culpa natural na TPM eu até engano a minha rotina com o comunicado de que é normal, nada que três dias não resolvam. E que vai passar, mas minto. Adoro mentir para mim mesma. Crio contos em baixo do chuveiro que descem pelo ralo por falta de memória, e o pior, sem esforço para ser lembrado. 
Pra falar a verdade, qual é mesmo o real motivo de eu estar aqui agora? Sentada tentando descrever sentimentos que não são joguinhos de adivinhação. A unica coisa da qual absorvi nesse meio tempo é que preciso urgentemente de uma ortografia nova, de uma leitura aprofundada e de um amor bem mal-passado. Pra render leitura a quem me admira e gosta de mim. Para falar a verdade, estou escrevendo pro amor? Se estiver, aproveito o momento para firmar o pedido de que ele volte. Sem mágoas, sem pecados e se ele quiser, sem roupa e luxúrias. Descobri que gêneros não me classificam mais, romances não me botam mais medo, dinheiro não me chama atenção e cara feia pra mim, ainda é fome. De quem é a voz que me pede para ficar calada? Qual é a minha parte na vida que eu teria que contar para dar mais enfase ou sentimento a um texto que só de olhar, bate preguicinha de ler. Você esta lendo? Não sei se apago, se coloco virgula ou termino com um ponto final. Se engano com uma interrogação ou grito usando exclamação como forma de razão. Tendo o poder das palavras, eu preciso escrever. Estou errada e possivelmente louca. Me inspiro em poetas meio loucos, de corações ambíguos e sotaques roucos. Estou pedindo amor, ao invés de estar pedindo só um pouco mais de açúcar. Consigo dizer tanto sem que a minha boca se abra um minuto se quer. E não me rotulo quando me perguntam o que quero ser... Já não sou? E cá estou eu aqui de novo dando voltas e mais voltas para explicar uma única coisa: Eu não quero ter que explicar mais nada quanto ao que estou sentindo. Chega, ser romântica as vezes cansa, que entre por favor a próxima fase da minha vida... Que ela venha acompanhada de blues e rock para dar uma inovada na trilha musical da minha vida. Que eu esqueça que na realidade, não sei se levo a vida que escrevo, só sei que escrevo. Apago, reescrevo, mas escrevo! E são todos os dias. Tudo que me rodeia é inventando e penso; E dai? Eu adoro o que não existe. Por acaso, acho que eu devo não existir também.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O motivo de estar naquela situação nada mais era do que ilusão; acreditar que seria quando na verdade, não iria ser. Olhares frios e corações partidos eram somente a prova real de que tudo aquilo que julgávamos ser para sempre, durava pouco tempo.

Os sonhos que antes tínhamos já não são mais os "nossos" sonhos, agora eles são sonhos individuais, assim como os segredos, nada mais será como antes, as lágrimas agora cairão com mais frequencia, mas, quem liga?

Você? Não. Acreditei por muito tempo em tudo que me disse, agora, se acreditar posso ser considerava uma inconsequente e masoquista cujo prazer está em sofrer por amor, um amor que já não me pertence mais. Mas agora, o amor que não é meu, também não é seu, na verdade, ele não é de ninguém.

O amor agora é de quem quer ele e sinceramente? Eu não o quero mais, sim, eu falo do amor, mas falo de você também; eu não o quero mais! Agora, o que eu quero é distância de você e do seu suposto amor.

Quero também sentir de novo como é não ser de ninguém e quero esquecer todo o resto, o que por sinal, inclue você. Quero que não esqueça que um dia eu disse que você era inesquecível, porque até o momento, é a verdade.

Mas não pense você que é insubstituível, porque não é!

sexta-feira, 8 de julho de 2011


Eu conheço o seu coração. Seu coraçãozinho que já foi quebrado, estilhaçado em mil pedacinhos, como um copo de cristal que cai no chão. Conheço seus pensamentos, cada um que passa na sua mente, conheço os seus sonhos, conheço os seus desejos, o que você gosta e não gosta. Além de tudo isso, eu conheço a dor que você sente. Não por conhecer tudo, mas por sentir ela com você. E quando você chora, eu choro junto, quando você se tranca no quarto, eu não deixo ninguém entrar, te coloco no meu colo e deixo você chorar, até que durma. Agora você sabe por que se sente em paz quando chora? É porque eu recolho suas lágrimas, para que eu as chore no seu lugar. E quando sua dor para, é porque eu estou sofrendo por você. Eu estou quieto, e você está se remoendo de raiva de mim. Estou quieto, porque quero preparar algo maravilhoso no fim do túnel, para que você perceba, que mesmo que tenha sido escuro por todo o caminho, eu estive ali, na sua frente, retirando todas as pedras pra você, se machucando por você, sangrando no seu lugar… Você sofreu, eu sei, mas sofreu o mínimo, aquilo que eu sei que você poderia sofrer, o que você não podia, eu sofri. Você está com raiva de mim. Mas eu não me importo. Porque eu te amo além de tudo. E vou continuar sofrendo por você, vou continuar chorando por você e com você de noite, de manhã, de madrugada. Vou continuar do seu lado quando você se trancar no quarto pra escutar qualquer musica no ultimo volume. Vou te amar. Mesmo que você me odeie e não me queira mais, vou continuar te querendo. Mesmo que sinta muita raiva de mim, a única coisa que eu vou fazer é te amar mais. Com amor, DEUS ! :)

terça-feira, 5 de julho de 2011

“Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.
A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.
Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.”

Caio Fernando Abreu.
Há certas horas, em que não precisamos de um amor. Não precisamos da paixão desmedida, não queremos beijo na boca e nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama.
Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo estar ali, quietinho, ao lado, sem nada dizer.
Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir. Alguém que ria de nossas piadas sem graça, que ache nossas tristezas as maiores do mundo, que nos teça elogios sem fim, e que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade inquestionável. Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado.. 
Alguém que nos possa dizer: Acho que você está errado, mas estou do seu lado.  
Ou alguém que apenas diga: Sou seu amor! E estou Aqui!

Temos de ver todas as cicatrizes como algo belo. Combinado? Este vai ser o nosso segredo. Porque, acredite em mim, uma cicatriz não se forma num morto. Uma cicatriz significa: “Eu sobrevivi”.

"Te dou de presente os meus dias de carência, faça o que quiser com eles. Só não me devolva!"
É como se eu fosse um texto, em que você só leu o primeiro parágrafo, ou apenas o título, ou até mesmo simplesmente ignorou por não gostar da ortografia do escritor. 

Ele me liga, penso rápido se atendo ou faço media só para vê-lo ligar outra vez. Mais uma vez ele liga. Atendo o telefone congelada, trêmula, estupefata. Qualquer que fosse se pedido, a resposta seria: Não! Mas seria um “não” delicado, com charme, só para vê-lo pedir mais uma vez. E no dia seguinte já queria me ver. Falei que no outro dia seria mais adequado.
Eu já estava apaixonada. Quando escutava sua voz, meu coração desobedecia qualquer ordem de compasso e batia descontrolado, totalmente descompassado.
Eu amava tanto aquele garoto que não queria mais amá-lo. Dei foras e furos. Afastava-o de mim como quem foge de um leão no meio da selva. Queria tê-lo para mim, mas não conseguia domar aquele amor bagunçado que eu sentia.

domingo, 3 de julho de 2011


Como a dançarina e a musica, nós formamos dois. Ignorando toda aquela historinha que acontece antes de dois apaixonados cederam ao que sentem, antes de estarem juntos; estamos. E que bom ouvir seu assobio matinal e seus dedos dos pés que não esquentam jamais interlaçando e procurando pelos meus. A secretária eletronica hoje faz hora extra, exepcionalmente hoje nós estamos fora de area. Resolvi omitir, não contar para ninguém. Mas já me preparando para os discursos de que foi cedo para eu me envolver, que me entregar assim sem medo, é besteira. Que você vai me fazer sofrer e me apaixonar perdidamente a ponto de abandonar os fins de semana com as amigas, é pura burrice. Sem contar nas horas que terei que passar tentando explicar a velhos amigos que você não é nenhum ladrão de moças indefesas e que esse tal afastamento do qual eles tanto dizem, é coisa da cabeça deles. Insinuando que o culpado é você, você? logo você? Que me conquistou justamente por me deixar livre. A culpada sou eu, confesso. Sou eu que quero me prender a você da cabeça aos pés, culpada por admitir que além de apaixonada, estou cega por isso. Mas ainda sou sincera, ao menos. E você que não passa desapercebido terá que aguentar sua mãe te dizendo que eu não sou boa o bastante para você, ou seja - parecida o bastante com ela para você - que não faço nada além de fazer as unhas e ocupar o telefone da casa dela por horas. O meu pai de implicância só pelo ano que você repetiu na escola, anos atrás. E quando o que eu mais quero é que na distancia, todos a minha volta se transformem em você, todos viram a cara e me culpam por eu estar apaixonada demais, como se o amor fosse nojento, implícito e totalmente fora da lei. O que eles não sabem é que eu os amo mais ainda agora que te conheci; o amor que você me dá, automaticamente eu ofereço ao mundo. E o que eu posso fazer? Hipocrisia seria evitar ligar as dez vezes que sinto vontade só por ser mais conveniente me segurar. Seria se você não me trouxesse até em casa e me deixasse na esquina por medo do que os outros iriam dizer. Que eu te amo e isso não é coisa que se mude. Pelo menos nem tão cedo pelos próximos 30 anos. Estou simplesmente perdidamente apaixonada e é reciproco. Se apaixonar não saí de moda e cada vez mais vira clichê. E eu estou nessa onda, não me façam achar que é errado. Todos estão argumentando os fatos e falam por aí sobre mim. Eu não ligo; estou fantasticamente feliz. Que estar apaixonada e estar cega são duas coisas diferentes que talvez tenham o mesmo efeito. Conhecidentemente todo esse acaso acontece com você. E se eu pudesse te guardar em um potinho, escondido, dentro do guarda-roupa. Só meu... ainda sim te deixaria livre para escolher! Que quando o amor é a favor pai, mãe e mundo podem virar contra, se estivermos sorrindo na mesma frequência, o amor nos leva. Com você do lado, não consigo ver mais nada. Com você a cima não há tempestade que me afete! Que a maneira com que ele tira sarro de tudo isso, enquanto me descabelo por pensar que o universo conspira contra, me deixa mais ainda apaixonada. Ele é cheio das piadinhas, mas não é isso que me faz sorrir! O que acontece é que agora, na rede, na cama, no chão; na vida. Somos eu e você!