segunda-feira, 27 de junho de 2011


Querido Deus, me desculpe, por não acreditar em você algumas vezes, perdoe-me por ter uma fé tão abalada. Perdoe-me por orar sem muito crer nas palavras que saem da minha boca, me desculpe por só pedir quando preciso. Desculpe-me, eu sei que erro. Desculpe-me por não agradecer todos os dias por ter a vida que o Senhor me deu, minha família, amigos, minha casa, e até meus erros! Desculpe-me por não aceitar ou perceber o quanto o Senhor é maravilhoso comigo! Desculpe-me por ser simplesmente eu, e ter essa triste imperfeição.

Uma dose.

Garçom, uma dose de uísque por favor! Porque aguentar toda a hipocrisia que me cerca fica difícil quando se está sóbria. É um tal de interesses escondidos por uma fina camada de pseudo-amizade, risos que possuem um leve toque artificial, bocas sorridentes mas com olhos distantes... são atitudes que me enojam. Talvez você já tenha visto isso em meio a multidão do bar. Aquelas garotas um tanto risonhas demais e garotos com ares de donos da situação (apenas ares,se é que me entende). Acho que você já deve ter visto tudo isso acontecer com pessoas mais velhas também, afinal todos são iguais quando se trata de manter as aparências. Quer saber? Acho melhor cancelar o uísque e pedir uma vodka, que é para aquecer esse meu coração gelado que só perdeu calor por causa do contato. É uma coisa que aprendi em Física certa vez, talvez você também tenha visto essa parte da matéria onde diz que dois corpos em contato transferem calor entre si. Pois é, de tanto ficar em contato com corações gelados e de certa forma artificiais o meu também se transformou em algo assim: gelado e em certos momentos incapaz de sentir. Agora que me vejo aqui, lembro quando disse a mim mesma que nunca recorreria a bebida para diminuir minha dor e consolar meu coração. Acho que é a força do hábito, depois de tanto tempo usando essa tática medíocre que só me fez ser tão igual aos outros que são o que nunca quis ser. Estou falando por enigmas? Desculpe, deve ter sido a bebida. Melhor trocar por uma água que vai purificar meu interior e assim vou clarear minha mente e ter tempo para pensar. Pensar na velha eu que deveria ter sido a unica eu. Pensar no que essa nova eu fará. Pensar em ser nova mais uma vez. Apesar que se tudo isso não tivesse acontecido, talvez eu não teria aprendido sobre o mundo, sobre as pessoas ou sobre mim. Se quer saber, não é aqui que a mudança vai acontecer por isso vou para casa tirar essa máscara que esconde minha beleza natural, essas roupas que transmitem a imagem de alguém que não sou e mudar esse cabelo que não sei porque cortei assim. Coloca na conta as outras doses e acrescenta mais uma água por favor. Que eu vou guardar essa nota para nunca mais pagar uma conta de bar tão amarga quanto esta.

sábado, 25 de junho de 2011


Como se não doesse eu tenho levado em diante, como se não doesse eu ando sorrindo, mesmo que seja sorrisos falsos, são sorrisos. Como se nada estivesse acontecido, como se eu estivesse realmente bem, eu vou andando e rindo, cantando e pulando, e não sei se isso é bom, mas ninguém nem desconfia de tudo que eu escondo atrás desses meros sorrisos...

Gosto muito do meu mundinho. Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas. Às vezes tem um céu azul, outras tempestade. Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos. Mas Não cabe muita gente. Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso. São necessárias.

Ao me olhar no espelho uma pessoa despresivel apareceu em minha frente, lágrimas caiam de seus olhos e ela pensava em desistir. O destruidor de corações havia destruido o dela. A aparência de menina forte foi substituida por um olhar frio e cheio de trsiteza.

O tempo não era o melhor remédio, ele só passaria enquanto ela continuaria sofrendo, até que ela resolveu acreditar que seguir em frente seria a melhor solução, lágrimas de lado, coração partido e mesmo assim, batendo, olhar frio, porém havia uma coisa nele que ninguém nunca havia enxergado, havia raiva.

A protetora dos corações, aquela capaz de não se apaixonar para não sofrer estava com raiva, raiva de quem havia partido seu coração e nada iria mudar isso, nem mesmo o ego inflado do provocador de tanto sofrimento.

Seu ego cresceu, suas roupas diminuiram, sua voz ficou firme, seu olhar marcante, seu corpo correspondia a seus instintos, ela voltou a ser mulher, ela voltou a ser a poderosa, ela voltou a ser quem ele conheceu, mas com uma sutil diferença que qualquer um poderia perceber, menos os seus próprios olhos: ela não o queria mais.

Ela estava prestes a se apresentar ao dito cujo, ela queria mostrar que ele não a afetava, não mais. Então ele a viu indo em sua direção, ao se aproximar dela, ele a chamou de minha e sem querer um sorriso abriu em seu rosto. Diferente de todos os sorrisos de antes, aquele era um sorriso diferente, o desprezo estava ali, estampado em sua cara, e ele viu.

Sua? Foi o que ela perguntou antes de se apresentar.

Não, essa não é mais sua, esqueci de me apresentar, essa é aquela que aprendeu que sem você pode ser melhor, que sem você pode sim ser feliz, que sem você, ela ainda é ela. Prazer, essa sou a nova eu.

sábado, 11 de junho de 2011


só espero que você se canse de ser o motivo das pessoas chorarem.

deixar de se importar: muita das vezes essa é a melhor opção, esquecer, deixar de lado quem não se importa com você, mas sinceramente? pra mim isso na prática não é nada fácil.

"e nessa insatisfação amorosa que me vejo, me pergunto: por que deixei ele passar?"

eu chorei porque precisava de colo, porque precisava te mostrar a minha fragilidade escondida no meu mau-humor.


mas não dá pra ligar pro desgraçado e dizer: ei, tô sofrendo aqui, vamos parar com essa estupidez de não me amar e vir logo resolver meu problema?